Dos países pesquisados, 12– incluindo Brasil, França, Cazaquistão, México, Palestina e Ucrânia – utilizam agora sistemas de monitoramento de alertas que acionam diferentes medidas de acordo com os níveis de infecção
Com base nas lições dos últimos dois anos, a maioria dos países afetados pela variante Ômicron, altamente contagiosa, está conseguindo manter as escolas abertas com protocolos reforçados de saúde e segurança. Contudo, a interrupção contínua da educação ocasionou perdas na aprendizagem e, agora, são necessárias medidas mais ousadas para que tais perdas sejam recuperadas. De acordo com novos dados divulgados pela UNESCO no Dia Internacional da Educação, atualmente as escolas estão abertas na maioria dos países do mundo (135). Em um pequeno número de países (25), a oferta de educação foi temporariamente suspensa por meio da prorrogação das férias de fim de ano. Apenas 12 países optaram por fechar as escolas e adotar plenamente o ensino à distância, em vez do ensino presencial, desde o surto da variante Ômicron. Isso contrasta fortemente com o mesmo período do ano passado, quando as escolas foram fechadas e o ensino ocorria totalmente na modalidade à distância em 40 países.
Dos países pesquisados, 12– incluindo Brasil, França, Cazaquistão, México, Palestina e Ucrânia – utilizam agora sistemas de monitoramento de alertas que acionam diferentes medidas de acordo com os níveis de infecção, tais como: uso de máscaras, lavagem das mãos, ventilação, distanciamento interno e externo, e a suspensão de aulas analisada caso a caso, a fim de evitar que todos os estudantes da escola sofram impactos negativos. Países como Canadá, França, Reino Unido e Itália também implementaram políticas de testes rápidos em massa para a permanência nos ambientes escolares. O apoio socioemocional, a assistência aos professores e os recursos financeiros são essenciais para a efetiva implementação desses protocolos. Mais uma vez, a UNESCO pede para que sejam intensificados os esforços para vacinar os professores, porque, em cerca de um em cada três países, eles não foram inseridos em nenhum grupo prioritário.
Imagem: arquivo Sieeesp